"O racionalismo pode
consistir em considerar a razão como essência do real, tanto natural quanto
histórico. Sustenta a primazia da razão, da capacidade de pensar, de
raciocinar, em relação ao sentimento e à vontade, pressupondo uma hierarquia de
valores entre as faculdades psíquicas; ou a posição segundo a qual somente a
análise lógica ou a razão pode propiciar desta forma o desenvolvimento da
análise científica, do método matemático, que passa a ser considerado como
instrumento puramente teórico e dedutivo, que prescinde de dados empíricos,
aplicados às ciências físicas que levaram a uma crescente fé na capacidade do
intelecto humano para isolar a essência no real e ao surgimento de uma série de
sistemas metafísicos fundados na convicção de que a razão constitui o
instrumento fundamental para a compreensão do mundo, cuja ordem interna, aliás,
teria um caráter racional”.
Os racionalistas afirmam
que a experiência sensorial é uma fonte permanente de erros e confusões sobre a
complexa realidade do mundo. Somente a razão humana, trabalhando com os princípios
lógicos, pode atingir o conhecimento verdadeiro, capaz de ser universalmente
aceito. Para o racionalismo, os princípios lógicos seriam inatos na mente do
homem. Daí por que a razão deve ser considerada como a fonte básica do
conhecimento.
O texto mais famoso de Descartes,
Discurso do Método, além de uma sumária exposição do método, ou das principais
regras do método é, também, uma autobiografia de Descartes. Nesse texto não nos
diz como devemos proceder para alcançar a verdade, mas como, Descartes,
procedeu para alcançá-la.
Descartes parte da dúvida
chamada metódica, porque ela é proposta como uma via para se chegar à certeza e
não é dúvida sistemática, sem outro fim que o próprio duvidar, como para os
céticos. Argumenta que tais ideias sem geral são incertas e instáveis, sujeitas
à imperfeição dos sentidos. Algumas, porém, se apresentam ao espírito com
nitidez e estabilidade, e ocorrem a todas as pessoas da mesma maneira,
independentes das experiências dos sentidos, e isto significa que residem na
mente de todas as pessoas e são inatas.
Fonte(s):
Disponível em <http://pt.wikipedia.org/wiki/Racionalism…>
acessado em 03/05/2012 as 17 horas e 30 min.
Disponível em <http://www.educ.fc.ul.pt/docentes/opombo…>
acessado em 03/05/2012 as 17 horas e 50 min.
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirRealmente meu amigo Marco! O racionalismo consiste em acreditar nas ideias inatas e no raciocínio lógico, através da razão. É, de certo modo, a própria filosofia desde a sua origem pois, de facto, a razão é a condição de todo o pensamento teórico. A filosofia constitui-se pelo reconhecimento da razão como a faculdade do conhecimento das coisas e do domínio de si.
ResponderExcluirO racionalismo muda de aspeto conforme se opõe a cada filosofia. Opõe-se ao pensamento arcaico pelo seu estilo, já que está atento à ideia e visa uma coerência inteligível. Opõe-se ao empirismo, tornando-se metódico, armando-se com a lógica e a matemática.
Toda a doutrina da razão se apoia em dois pilares: a experiência que nos é dada pelos sentidos é insuficiente para se poder atingir o conhecimento; o pensamento através da razão é capaz de atingir a verdade absoluta, pois as suas leis são também as leis que regem os objetos do conhecimento, tal como Hegel descrevia: "Tudo o que é racional é real e tudo o que é real é racional".
O racionalismo surgiu com os Eleatas e teve um papel central no platonismo, com a Teoria das Ideias de Platão, que distinguia o mundo inteligível do mundo sensível. Desenvolveu-se no século XVII, segundo o qual o paradigma do conhecimento era a intuição intelectual que Deus tem das coisas, e da qual os seres humanos experienciam através da matemática.
Descartes é o criador e impulsionador do racionalismo moderno. Ele preocupa-se com a investigação prévia do conhecimento. A dúvida corresponde a uma exigência da fundamentação das possibilidades do conhecimento.