Ontologia é a
parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência
dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do “ser
enquanto ser”, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é
inerente a todos e a cada um dos seres. Enquanto a epistemologia refere se ao
conhecer, a ontologia refere se diretamente ao ser em sua essência. Atualmente,
diz-se que a ciência pós-moderna possui vocação ontológica. Em vez de
interferir nos aspectos externos com o objetivo de fazer da técnica uma
extensão do homem a ciência pós-moderna passa a interferir diretamente nas suas
características internas, na essência do ser, com o objetivo de remodelá-lo,
aperfeiçoá-lo e, até mesmo, em certo sentido, “fabricá-lo”.
Ontologia
(em grego ontos
e logoi, "conhecimento do
ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da
existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser
concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos
seres. Costuma ser confundida com metafísica.
Conquanto tenham certa comunhão ou interseção em objeto de estudo, nenhuma das
duas áreas é subconjunto lógico da outra, ainda que na identidade.
História antiga da ontologia
Imagina-se que o conceito de ontologia tenha se originado na
Grécia Antiga,
tendo ocupado as mentes de Platão e Aristóteles
em seu estudo. Ainda que sua etimologia seja grega, o mais antigo registro da
palavra ontologia em si, é a sua forma em Latim ontologia, que surgiu em 1606, no
trabalho Ogdoas Scholastica, de
Jacob Loard (Lorhardus), e em
1613 no Lexicon philosophicum,
de Rudolf Göckel.
Estudantes de Aristóteles utilizaram pela primeira vez a
palavra metafísica
(literalmente depois do físico)
para se referir em seus trabalhos docentes como a ciência do ser na qualidade do ser. Segundo esta teoria,
então, ontologia é a ciência do ser na medida em que está a ser, ou o estudo
dos seres, na medida em que eles existem. Para a ontologia, qualquer coisa que
existe é vista apenas como algo que é, nada a mais do que isso. Mais
precisamente, ontologia diz respeito a determinar quais as categorias do ser são
fundamentais, e perguntar, e em que sentido, os itens para essas categorias
serem ditas que "são".
Alguns filósofos da escola platônica
alegam que todos os substantivos referem-se a entidades existentes. Outros
filósofos sustentam que nem sempre substantivos nomeiam entidades, mas que
alguns fornecem uma espécie de atalho para a referência, para uma coleção de
objetos, ou eventos quaisquer. Neste último ponto de vista, mente, pois em vez
de referir a uma entidade, refere-se a eventos mentais vividos por uma pessoa.
Por exemplo, "sociedade" remete para um conjunto de pessoas com
algumas características comuns, e "geometria" refere-se a um tipo
específico de atividade intelectual. Entre estes polos de realismo e
nominalismo, há também uma variedade de outras posições; mas em qualquer uma, a
ontologia deve dar conta de que palavras refere-se a entidades que não
"são". Quando se aplica a este processo substantivos, tais como
"elétrons", "energia", "contrato",
"felicidade", "tempo", "verdade",
"causalidade", e "Deus", a ontologia torna-se fundamental
para muitos ramos da filosofia.
Questões ontológicas também foram levantadas e debatidas
pelos pensadores nas civilizações antigas da Índia
e da China,
e talvez antes dos pensadores gregos que se tornaram associados com o conceito.
A Ontologia radicalmente crítica e histórica de Karl Marx
Karl Marx (1818-1883) ao decorrer da sua obra,
a partir de sua Crítica á Filosofia do Direito de Hegel, cria algo radicalmente novo na
História da Filosofia, uma Ontologia histórica, que decorreu da superação da
Filosofia Antiga e Moderna, pois ambas tinham em si um peso histórico da
concepção de mundo que o desenvolvimento das forças produtivas os tenha
proporcionado, e Marx supera ambas, a Ontologia Greco-Medieval, a Antiga, que
tem o centramento objetivo e a Ontologia Moderna, do Centramento subjetivo - e,
portanto, Marx também é a superação do hipercentramento subjetivo da
Pós-Modernidade, que é uma inflexão que desdobra o paradigma Moderna, nunca o
superou, portanto, é neo-moderno, não Pós, visto que não o tenha superado em
nada.
A História da Filosofia de Parmênides
a Kant
refletia um momento histórico onde a concepção de mundo favoreceu concepções
como o Estoicismo,
que refletia a imutabilidade aparente do Mundo e do Real, mas este quadro
alterou-se quando se deu o mais rápido desenvolvimento das forças produtivas na
transição do Modo de Produção Feudal ao Capitalismo, em que Imannuel Kant
descreve ter operado a Revolução Copernicana da Ciência, em que muda o eixo do
centramento do Objeto - Mundo, Deus... - para o Sujeito - embora não o
Indivíduo Genérico-Humano - Burguês, resultado da processualidade da
Individuação na forma de sociabilidade de classe, o Individualismo Burguês. É
demonstrável aí a radical historicidade do Ser em Marx, onde a produção da vida
material, o Trabalho, é categoria fundante do Mundo dos Homens, a terceira
esfera ontológica, a do Ser Social, que porta a Consciência pela categoria da Teleologia,
que em Hegel aparece como Universal, e Marx a define como categoria Singular ao
Mundo dos Homens, aos Indivíduos Genérico-Humanos reais, historicamente
construídos historicamente pelo devir da categoria do Trabalho.
- Assevera G. Lukács, na obra A Ontologia do Ser Social, no capítulo sobre Marx, que o alemão tenha partido de Hegel, ainda que 'desde o princípio em termos críticos', isto é, Marx partiu da Filosofia mais desenvolvida de seu tempo, a Filosofia Idealista Clássica Alemã, que teve em Hegel a maior encarnação.
Disponível em
acessado em 26/04/2012 as 18 horas
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