sexta-feira, 30 de abril de 2010

Segunda Geração de Computadores

5.1. Transistores
Em meados de 1947 e 1948, os estudos realizados por Willian Shockley, Jonh Bardeen e Walter Brattain, levam ao aparecimento de um novo componente que revolucionou o mundo da eletrônica e da informática: Transistor. Desenvolvido em 1952 pela Bell Laboratories, o Transistor passou a ser um componente básico na construção de computadores, assinalando o início da Segunda Geração de Computadores. Este componente baseava-se nas propriedades semicondutoras de alguns elementos tais como o germânio e o silício, representando assim uma versão de válvula em estado sólido. Suas principais vantagens sobre a válvula:
• Tamanho reduzido;
• Menor dissipação de calor;
• Menor consumo de energia elétrica;
Apresentava maior velocidade de operação;
• Mais confiável e sujeito a menores danos mecânicos;
•Mais econômicos;
5.2. Linguagens de Programação

5.2.1 Assembly
Nesta geração de computadores inicia-se a imposição do termo Software para a parte lógica da informática, composta basicamente por programas e dados, e Hardware, para a parte física da informática, composta por discos, máquinas, cabos entre outros. Se houve uma crescente evolução nos computadores em termos de hardware, também o mesmo aconteceu com as linguagens de programação desde o ENIAC. Até então a programação era feita em linguagem de máquina, classificada como linguagem de baixo nível, por razão de muito se distanciar da linguagem utilizada por nós. Além de a codificação ser feita toda de acordo com o sistema binário, não apresentava nenhuma facilidade para ser projeta, editada e ser efetuada manutenção de programas.
Estas linguagens foram substituídas pelas linguagens de montagem, conhecidas como Assembly, que contém a mesma instrução das linguagens de máquina, só que representadas por uma sequencia de códigos simbólicos, que se convencionou chamar de mnemônicos. A vantagem que esta linguagem apresentou sobre as linguagens de máquina foram que ao invés de utilizar uma seqüência numérica desde o seu desenvolvimento, passaram a ser desenvolvidas através do formato de códigos, que permitiram uma melhor visualização, aumentando a confiabilidade, eficiência e rapidez no seu desenvolvimento.
Porém ainda que a linguagem Assembly tenha proporcionado um grande avanço tecnológico, manteve a certas dificuldades como, por exemplo, o fato de que os programas só poderiam ser executados em computadores com o mesmo sistema operacional, do qual o programador era obrigado conhecer detalhes. Embora possuíssem as dificuldades apresentadas acima, as linguagens de montagem são utilizadas até hoje, mais precisamente no desenvolvimento de software básico, mas desde meados da década de 90, o seu uso decaiu de maneira drástica. Visando uma solução menos complicada, surgiram anos após as linguagens de Alto Nível. Dentre as primeiras podemos destacar a Fortran e a Cobol.
5.2.2. Compliadores
Essas linguagens de programação são digitadas em forma de texto e gravadas em um arquivo de computador (os programas). Os compiladores são responsáveis pela “tradução” destes programas em linguagem de máquina, ou seja, a partir de um arquivo de texto contendo um programa elaborado em determinada linguagem, eles geram outro arquivo de maneira que o computador “entenda” as instruções contidas nele e as execute.
5.2.3. Interpretadores
Os interpretadores são programas que não geram um novo arquivo de forma que o computador possa entender as instruções. Eles leem, interpretam e executam as instruções contidas no programa, comando por comando, o que os torna mais lentos do que os compiladores, uma vez que nestes últimos não existe a necessidade de interpretação, pois as instruções já estão codificadas. Embora apresentem um meio mais sofisticado de trabalhar com a programação, não apresentam uma relação de vantagens grande para serem substitutos dos compiladores.
5.3. UNIVAC
Em meados de 1951 e 1952, Jonh Mauchly e J. Presper Eckert abriram a sua própria firma na Filadélfia e desenvolveram o UNIVAC – Universal Automatic Computer (Computador Automático Universal). O UNIVAC era o primeiro computador a utilizar-se da nova tecnologia dos transistores, o que o tornou muito mais versátil e confiável que os computadores eletrônicos de válvulas termoiônicas.
Era um computador voltado para uso comercial e suas principais inovações consistiam no fato de que armazenava seus programas e recebia instruções de uma fita magnética de alta velocidade, que representavam grandes vantagens em relação aos famigerados cartões perfurados. Para comprovar a sua eficácia no campo dos computadores, o UNIVAC foi utilizado para prever os resultados de uma eleição presidencial dos Estados Unidos.
5.4. Outras Inovações
No ano de 1952, Grace Hopper transformou-se em uma pioneira no processamento de dados, por haver criado o primeiro compilador que ajudou a desenvolver duas linguagens de programação que tornaram os computadores mais atrativos para uso comercial.
Em 1953, Jay Forester, do MITS (Micro Instrumentation and Telemetry Systems), construiu uma memória magnética muito menor que a utilizada pelo UNIVAC e bem mais rápida, a qual substituía as que usavam válvulas eletrônicas, feitas sob o processo de retardo eletrônico. Gordon Teal em 1954 descobre um meio de fabricar transistores de cristais isolados de silício a um custo baixo. A IBM em 1954 conclui o projeto do primeiro computador produzido em série e de porte médio, o IBM/650.
5.5 TRADIC
Em meados de 1955 conclui-se o primeiro computador totalmente transistorizado, desenvolvido no âmago da Bell Laboratories: o TRADIC. O TRADIC inovou em diversos aspectos em relação aos computadores que já começavam a utilizar-se de maneira parcial os transistores, pois possuía apenas 800 deles, sendo cada um em seu próprio recipiente, contribuindo bastante para minimizar o espaço físico ocupado pelo computador.

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