quinta-feira, 26 de abril de 2012

Faça uma análise do Pensamento Educacional de Platão e Aristóteles e dê suas considerações sobre a influência ou não destes filósofos na Educação atual.


A proposta educacional e política de Platão não é absurda, aliás, ele apresenta de forma evidente que há um estreita e necessária relação entre Política, Conhecimento e Educação. Quando sugere o sentido da Educação como Paidéia (Educação integral – corpo e alma), como um meio de construção de uma república ideal, sedimentada no Bem, no Justo e no Belo, ele dá um caráter muito parecido com o que entendemos de educação hoje. Platão aponta uma perspectiva que ainda alimenta a mística da educação como promoção e qualidade do ser. Ou seja, uma coletividade justa e voltada para o bem nasce de um processo em que os indivíduos são educados para a construção Justiça, embora ela nem sempre seja fácil de ser conceituada, fundamentada ou mesmo justificada pela argumentação. Certamente que as repúblicas que se fundaram a partir do horizonte utópico da república modelo se construiriam em perspectivas diferentes em que a justiça, o bem e o belo seriam os fios da permanência desse estado perfeito de organização da Pólis, garantidos pela educação integral do ser humano. È nesse sentido que o pensamento educacional de Platão fixou-se nessa necessidade e possibilidade de qualificação do ser para vida coletiva. Definitivamente não há senso coletivo sem o empreendimento educacional.
Aristóteles aponta na Politéia, de Homero, há uma proposta educacional muito curioso, pois os deuses têm características humana. Não só formas, mas atitude humana como ciúme, raiva, amor etc. Isso já dá uma perspectiva interessante, ou seja, se investimos na qualificação do nosso ser, através da educação, podemos alcançar um nível mais elevado de nossa existência, muito embora não tenhamos o dom da imortalidade, podemos nos assemelhar aos deuses na busca do conhecimento. Nesse sentido é que nasce aquilo que chamamos de estética da existência. Cada ser humano assume a sua autoconstrução como se fosse uma obra de arte. Com isso, a educação vai perdendo herança divina para assumir um caráter de finalidade humana. E Aristóteles, temos uma compreensão dialética da educação e, ao mesmo tempo, uma espécie de sistemática de tudo o que foi dito e entendido sobre o assunto Grécia Antiga e Clássica. Para ele, não há problema com a política de (Platão) ou com o discurso de (Sócrates), desde que esses sejam acompanhados pela sua ética. Esse caminho apontado por Aristóteles mostra que ele instituiu no fato de que a educação ou o processo de conhecimento leva o ser humano a buscar o meio termo, a temperança, nem muita festa nem de menos. Percorrido pelo bom uso do conhecimento. Isto só acontece pela virtude obtida pela educação das novas gerações numa perspectiva de construção interior da pessoa.
Portanto, para Platão o problema da Educação que remete à justiça é o da desigualdade entre os homens, os homens não são iguais e tem que obedecerem à ordem que a natureza impõe. Buscando uma organização educacional do Estado, então a justiça consiste em determinar a função de cada cidadão dentro da cidade. Somente por meio da justiça poderá o homem alcançar a felicidade. Hoje em dia a Educação que buscado nas estancais públicas e particulares usa em parte a filosofia de Platão que busca uma educação integral para o homem, que está educação propõe a busca de um caráter de conhecimento justo e bom. Procura educar a pessoa para boa convivência na cidade, respeitando a lei para boa política nas cidades. E por isso que muitas de nossas escolas reproduzem a filosofia de Platão por ser necessário que muitas pessoas vivem nas cidades e boa conduta propõe fazem com que as cidades uma convivência fraterna. Já Educação proposta por Aristóteles não fogem da Educação de Sócrates e Platão, mas ele vai amparar o seu processo educacional na Ética, como virtude. Porque o homem cria seu próprio conhecimento como se fomos deuses, não mais místicos e sim que a virtude da ética funciona para que homem como temperança e constrói seu próprio caminho para uma virtude em sociedade. Finalmente pode-se dizer que os dois filósofos Platão e Aristóteles influenciaram a educação por meio da virtude, ética e do conhecimento da vida e da sociedade onde vivem o aprendiz no seu cotidiano.  

Dê o conceito de Ontologia.


Ontologia é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do “ser enquanto ser”, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Enquanto a epistemologia refere se ao conhecer, a ontologia refere se diretamente ao ser em sua essência. Atualmente, diz-se que a ciência pós-moderna possui vocação ontológica. Em vez de interferir nos aspectos externos com o objetivo de fazer da técnica uma extensão do homem a ciência pós-moderna passa a interferir diretamente nas suas características internas, na essência do ser, com o objetivo de remodelá-lo, aperfeiçoá-lo e, até mesmo, em certo sentido, “fabricá-lo”.  

Ontologia (em grego ontos e logoi, "conhecimento do ser") é a parte da filosofia que trata da natureza do ser, da realidade, da existência dos entes e das questões metafísicas em geral. A ontologia trata do ser enquanto ser, isto é, do ser concebido como tendo uma natureza comum que é inerente a todos e a cada um dos seres. Costuma ser confundida com metafísica. Conquanto tenham certa comunhão ou interseção em objeto de estudo, nenhuma das duas áreas é subconjunto lógico da outra, ainda que na identidade.

História antiga da ontologia

Imagina-se que o conceito de ontologia tenha se originado na Grécia Antiga, tendo ocupado as mentes de Platão e Aristóteles em seu estudo. Ainda que sua etimologia seja grega, o mais antigo registro da palavra ontologia em si, é a sua forma em Latim ontologia, que surgiu em 1606, no trabalho Ogdoas Scholastica, de Jacob Loard (Lorhardus), e em 1613 no Lexicon philosophicum, de Rudolf Göckel.
Estudantes de Aristóteles utilizaram pela primeira vez a palavra metafísica (literalmente depois do físico) para se referir em seus trabalhos docentes como a ciência do ser na qualidade do ser. Segundo esta teoria, então, ontologia é a ciência do ser na medida em que está a ser, ou o estudo dos seres, na medida em que eles existem. Para a ontologia, qualquer coisa que existe é vista apenas como algo que é, nada a mais do que isso. Mais precisamente, ontologia diz respeito a determinar quais as categorias do ser são fundamentais, e perguntar, e em que sentido, os itens para essas categorias serem ditas que "são".
Alguns filósofos da escola platônica alegam que todos os substantivos referem-se a entidades existentes. Outros filósofos sustentam que nem sempre substantivos nomeiam entidades, mas que alguns fornecem uma espécie de atalho para a referência, para uma coleção de objetos, ou eventos quaisquer. Neste último ponto de vista, mente, pois em vez de referir a uma entidade, refere-se a eventos mentais vividos por uma pessoa. Por exemplo, "sociedade" remete para um conjunto de pessoas com algumas características comuns, e "geometria" refere-se a um tipo específico de atividade intelectual. Entre estes polos de realismo e nominalismo, há também uma variedade de outras posições; mas em qualquer uma, a ontologia deve dar conta de que palavras refere-se a entidades que não "são". Quando se aplica a este processo substantivos, tais como "elétrons", "energia", "contrato", "felicidade", "tempo", "verdade", "causalidade", e "Deus", a ontologia torna-se fundamental para muitos ramos da filosofia.
Questões ontológicas também foram levantadas e debatidas pelos pensadores nas civilizações antigas da Índia e da China, e talvez antes dos pensadores gregos que se tornaram associados com o conceito.

A Ontologia radicalmente crítica e histórica de Karl Marx

Karl Marx (1818-1883) ao decorrer da sua obra, a partir de sua Crítica á Filosofia do Direito de Hegel, cria algo radicalmente novo na História da Filosofia, uma Ontologia histórica, que decorreu da superação da Filosofia Antiga e Moderna, pois ambas tinham em si um peso histórico da concepção de mundo que o desenvolvimento das forças produtivas os tenha proporcionado, e Marx supera ambas, a Ontologia Greco-Medieval, a Antiga, que tem o centramento objetivo e a Ontologia Moderna, do Centramento subjetivo - e, portanto, Marx também é a superação do hipercentramento subjetivo da Pós-Modernidade, que é uma inflexão que desdobra o paradigma Moderna, nunca o superou, portanto, é neo-moderno, não Pós, visto que não o tenha superado em nada.
A História da Filosofia de Parmênides a Kant refletia um momento histórico onde a concepção de mundo favoreceu concepções como o Estoicismo, que refletia a imutabilidade aparente do Mundo e do Real, mas este quadro alterou-se quando se deu o mais rápido desenvolvimento das forças produtivas na transição do Modo de Produção Feudal ao Capitalismo, em que Imannuel Kant descreve ter operado a Revolução Copernicana da Ciência, em que muda o eixo do centramento do Objeto - Mundo, Deus... - para o Sujeito - embora não o Indivíduo Genérico-Humano - Burguês, resultado da processualidade da Individuação na forma de sociabilidade de classe, o Individualismo Burguês. É demonstrável aí a radical historicidade do Ser em Marx, onde a produção da vida material, o Trabalho, é categoria fundante do Mundo dos Homens, a terceira esfera ontológica, a do Ser Social, que porta a Consciência pela categoria da Teleologia, que em Hegel aparece como Universal, e Marx a define como categoria Singular ao Mundo dos Homens, aos Indivíduos Genérico-Humanos reais, historicamente construídos historicamente pelo devir da categoria do Trabalho.
  • Assevera G. Lukács, na obra A Ontologia do Ser Social, no capítulo sobre Marx, que o alemão tenha partido de Hegel, ainda que 'desde o princípio em termos críticos', isto é, Marx partiu da Filosofia mais desenvolvida de seu tempo, a Filosofia Idealista Clássica Alemã, que teve em Hegel a maior encarnação.
Disponível em  acessado em 26/04/2012 as 18 horas

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Discorra sobre o Mito, o que ele significa e representa no âmbito da Cultura Ocidental. Após feita esta reflexão pesquise faça a narrativa de um Mito.


Mito é uma narrativa sobre a origem de alguma coisa, como a origem dos astros, da terra, dos homens, das plantas, dos animais, do fogo, da água, dos ventos, do bem e do mal, da saúde e da doença, da morte, dos instrumentos de trabalho, das raças, das guerras do poder, etc. Para os gregos, mito é um discurso pronunciado ou proferido para ouvintes que recebem como verdadeira a narrativa, porque confiam naquele que narra; é uma narrativa feita em público, baseada, portanto, na autoridade e confiabilidade da pessoa que estar narrando. E essa autoridade vem do fato de que ele ou testemunhou diretamente o que está narrando ou recebeu de quem testemunhou os acontecimentos. De fato, a mitologia grega ganhou destaque sobre a mitologia de vários outros povos pela própria influência que a civilização e o pensamento grego exerceram sobre o mundo, em particular sobre o Ocidente. Para se ter uma ideia dessa influência, basta lembrar que a filosofia e a matemática, por exemplo, são "invenções" gregas. Da mesma maneira, as maiorias das palavras que dão nome às ciências têm origem grega: física, geografia, biologia, zoologia, história, etc. Também vêm do grego as palavras que designam os relacionamentos dos seres humanos entre si e em sociedade. É o caso de palavras essenciais, como ética, política e democracia. Também a mitologia teve grande influencia no ocidente sobre a religião, sobre tudo na Idade Média, como forma de aprisionar a população a servidão e ao medo dos monstros que estavam fora dos castelos e por isso que os senhores feudais davam proteção e cobrava alto preço por isso, muitas vezes até a vida. No filme em Nome da Rosa, mostra que a busca do conhecimento que proporcionaria a liberdade ou luz para fim escuridão e medo representava perigo é por isso todos que tentavam ler os livros eram mortos.

O MITO DO DEUS EROS, CONHECIDO COM O NOME DE CUPIDO.

Houve uma grande festa entre os deuses. Todos foram convidados, menos a deusa Penúria, sempre miserável e faminta. Quando a festa acabou, Penúria veio comeu os restos e dormiu com o deus Poros (o astuto engenhoso). Dessa relação sexual, nasceu Eros (ou cupido), que como sua mãe está sempre faminto, sedento e miserável, mas, como seu pai tem mil astúcias para se satisfizer e se fazer amando. Por isso, quando Eros fere alguém com sua flecha, esse alguém se apaixona e logo se sente faminto e sedento de amor (sexo), inventa astúcias para ser amado e satisfeito, ficando ora maltrapilho e semimorto, ora rico e cheio de vida. (Texto extraído do livro convite à filosofia de Marilena Chaui p. 23).  

Reflita e explique a diferença entre a “Filosofia” e “Filosofia de Vida”.


A palavra filosofia é grega. É composta por duas palavras Philo e Sophia. Philo deriva de philia que quer dizer amizade ou amor fraterno. Sophia que dizer sabedoria ou sábio. A filosofia significa, portanto amizade pela sabedoria e o filosofo é que ama o saber e deseja-o. Assim a filosofia indica um estado de espírito pessoa que ama e deseja o conhecimento, o estima e o respeita. De Acordo com Aranha:
 A teoria do filósofo não constitui um saber abstrato. O próprio tecido do seu pensar é a trama dos acontecimentos, é o cotidiano. Por isso a filosofia se encontra no seio mesmo da história. No entanto, esta mergulhada no mundo e fora dele: eis o paradoxo enfrentado pelo filósofo. Isso significa que o filósofo inicia a caminhada a partir dos problemas da existência, mas precisa se afastar deles para melhor compreende-lo, retornando depois a fim dar subsídio para as mudanças. (ARANHA, p.72).

Filosofias são estruturas de interpretação da realidade que nos possibilitam pensar, atuar e sentir os acontecimentos de nossa vida. Acontecimentos econômicos, científicos, políticos, espirituais, religiosos, sexuais, tecnológicos, alimentares, da moda, etc. É na adolescência que cada um de nós cria uma filosofia de vida, uma concepção da vida e do mundo que ira interferir em nossas atitudes e modo de ser, para vida toda. Conforme Aranha:


É a passagem do senso comum para o bom senso, identificamos esse último à filosofia de vida. Enquanto o senso comum é fragmentário, incoerente, preso a preconceitos e dogmático, o bom senso supõe a capacidade de organização que dá certa autonomia ao homem que analisa sua experiência de vida cotidiana. (ARANHA, p. 74).


ARANHA, M. L. A.; MARTINS, M. H. P. Filosofando: introdução à filosofia. 2. ed. rev. atual. São Paulo: Moderna, 2002.